
O Tribunal de Justiça de São Paulo autorizou a exumação do corpo de Hayder Mhazres, que morreu em maio deste ano. Segundo a Polícia Civil, ele foi assassinado pelas gêmeas Ana Paula Veloso Fernandes, chamada de “serial killer” pelos investigadores, e Roberta Cristina Veloso Fernandes. As irmãs são acusadas de manterem o jovem, de 21 anos, em maio deste ano na capital paulista e depois tentarem aplicar um golpe na família do rapaz.
O corpo de Hyder foi levado à Tunísia, onde foi sepultado ainda em maio. Por algumas semanas os familiares resistiram à ideia da polícia de exumar o corpo para fazer exames complementares. As análises feitas no sangue coletado no Brasil não apresentaram indícios do uso de venenos. No entanto, os laudos apontam que esse não seria o teste indicado para venenos de rápida metabolização. Esses químicos tendem a se concentrar preferencialmente em tecidos sólidos e vísceras. Por isso, os investigadores defendem ser necessária a exumação.
A família de Hayder então aceitou e autorizou a exumação por escrito. O procedimento será feito por meio de cooperação internacional e vai envolver a polícia de São Paulo, o Ministério das Relações Exteriores, a Embaixada do Brasil na Tunísia e a Interpol, além de autoridades tunisianas locais.
Na mesma decisão, o juiz Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo manteve a prisão das gêmeas e ratificou que elas são rés por quatro mortes, todas suspeitas de serem por envenenamento. Também foram marcadas as primeiras audiências de Instrução e Julgamento do processo para abril de 2026, quando as testemunhas e as acusadas serão ouvidas pela Justiça. Depois, o Tribunal vai decidir se elas irão a juri popular.
Na ação, a defesa de Ana Paula alegou que a acusação é feita com indícios parciais e imprecisos e sem robustez para sustentar a ação penal. Já os advogados de Roberta Cristina pediram a absolvição da mulher alegando que não há indícios de que ela participou das mortes.
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