A Justiça de São Paulo autorizou o arrombamento com força policial da casa do empresário Ricardo Nunes, fundador da rede varejista Ricardo Eletro. A medida foi adotada em um processo movido pelas organizações Globo a fim de garantir a realização da penhora de bens pessoais do empresário. Nunes deve R$ 61,2 milhões para a Globo por ter sido o avalista de sete notas promissórias emitidas em 2017 pela Ricardo Eletro em favor do grupo.
Cabe recurso à decisão. Nunes e a Ricardo Eletro não negam a dívida, mas afirmam que o pagamento deve ser feito no âmbito do plano de recuperação judicial da Máquina de Vendas, grupo da qual a empresa varejista faz parte. “Em nenhum momento houve má-fé ou dolo”, afirmou à Justiça.
O arrombamento poderá ser feito caso o empresário não libere o acesso do imóvel, localizado na rua Portugal, no Jardim Europa, em São Paulo, ao oficial de Justiça encarregado de penhorar os bens.
O juiz Antônio Carlos Santoro Filho decidiu ainda penhorar as contas bancárias do empresário. No entendimento do juiz, a recuperação judicial não impede o andamento de ações de cobrança contra a avalista.
Nunes não é mais acionista do grupo Máquina de Vendas, que controla a Ricardo Eletro. O grupo foi assumido pela MV Participações. Em 2018, a recuperação extrajudicial da rede varejista foi conduzida pela Starboard, gestora de fundos credores da Máquina de Vendas, holding controladora também das lojas Insinuante.
UOL