Ronda Rousey postou, recentemente, em seu Instagram uma foto de seu dedo médio fraturado e com a parte próxima da unha “pendurada”. De acordo com ela, a lesão aconteceu durantes as gravações da série de TV americana “911, quando uma porta de barco caiu em sua mão e esmagou seus dedos.
A parte curiosa ficou pela outra afirmação de Ronda. A lutadora afirmou que apenas três dias após o acidente já estava com mais de 50% dos movimentos do dedo médio. “A medicina moderna me espanta”, escreveu ela.
A explicação do “milagre” pode ser resultado de alguns fatores. O primeiro é o fato de a fratura ter acontecido na chamada falange distal, que é a dobra do dedo mais próxima da unha. De acordo com Marcus Luzo, chefe de ortopedia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), o local é o de menor problema para uma fratura desse tipo.
“É uma parte do dedo de boa recuperação, que não é tão importante. Se fosse perto da palma da mão, seria mais complicado de recuperar”, explicou.
O outro fator que explica a recuperação de Ronda é o procedimento feito pelos médicos que a atenderam. De acordo com ela, foram colocadas placas e parafusos para reconectar o osso e o tendão do dedo.
“Quando você sofre uma fratura e coloca uma placa, isso permite que você possa movimentar o local. O Anderson Silva (lutador do UFC) quando fraturou a perna, em três semanas ele já estava chutando. A placa acelera a recuperação”, prosseguiu.
Apesar da melhora, Luzo ressalta que a recuperação é parcial. O tempo de calcificação do osso costuma ser de seis a oito semanas. “O dedo não está pronto para outra pancada, mas já consegue se movimentar. Em tão pouco tempo, ela não poderia voltar a lutar, por exemplo. A placa estabiliza, mas não consolida o osso”, completou.