Os representantes do Grupo Ritz Property e os gestores do Hospital vão instalar amanhã o grupo de trabalho responsável pela validação de informações jurídicas e contábeis, visando a aquisição da unidade hospitalar pelo grupo. Essa primeira definição foi acertada sexta-feira passada, em reunião na qual foi assinado um NDA (memorando de entendimentos) que possibilita o início da análise de documentos e informações para possível formalização de operação de compra.
De acordo com o representante jurídico do Grupo Ritz, André Elali, Após esse trabaho de análise das informações será possível a realização de operação de compra e venda de participação societária. Segundo ele, os trabalhos deverão envolver auditoria da PwC (Price), que trabalha com o grupo Ritz e as suas atividades (Ritz-G5, Hotéis e Energia). Além disso, também particiarão dessa operação três escritórios de advocacia: André Elali, Octacílio Bocayuva e Carlos Kelsen dos Santos.
Segundo o diretor executivo do Papi, Fernando Madruga, a negociação representa “a continuidade de uma grande história, a garantia de mais de 700 empregos”. Além disso, ele afirmou que a negociação também representa “a capacidade de superação e resiliência de toda uma instituição, a esperança de um futuro melhor e vida nova, não só para todos que fazem esta casa, mas para a população do Rio Grande do Norte que aqui é assistida”.
A situação financeira do PAPI foi exposta em carta circular divulgada pela diretoria. O documento informava que havia grande dificuldade de obter recursos juntos às instituições financeiras do país para conseguir financiar o serviço e que não foi possível obter apoio dos planos de saúde com quem o hospital vinha dialogando.
O cenário se agravou quando fornecedores e sindicatos de servidores e médicos começaram a ameaçar suspender os serviços essenciais ao funcionamento do hospital. As atividades dos Prontos Socorro, Ortopédico, de Ginecologia e Obstetrícia, e da UTI Neonatal estavam suspensas desde o dia 1º de maio.
Ainda na carta circular, foi explicado que os pacientes em atendimento na unidade continuariam sendo atendidos, mas as portas estariam fechadas para novos clientes. A medida não é sinônimo de que o hospital estaria fechado. Mas também era sinalizado que se não houvesse uma recuperação financeira, o pior poderia ocorerr. “A Direção do Papi irá buscar de forma incansável, solução financeira junto aos planos de saúde, investidores, compradores e/ou até mesmo junto ao poder público como forma de evitar o fechamento de suas portas”, dizia o comunicado. Agora, com a possibilidade de compra por parte do grupo Ritz, além dos empregos que devem ser mantidos, a capital do Estado pode continuar contando com uma unidade de saúde que é referência na cidade.
Informações: Novo Jornal