O autor dos ataques cibernéticos à honra da senadora Daniella Ribeiro, em setembro do ano passado (quando ela era candidata ao cargo), período de eleições, foi condenado à pena restritiva de direitos e terá de entregar cestas básicas por 24 meses a uma instituição de caridade. A audiência aconteceu nesta sexta-feira (19), no Fórum Eleitoral de João Pessoa. O pagamento das cestas básicas é uma alternativa à condenação proposta pelo Ministério Público.
O autor, identificado por Ary Washington da Silva Júnior, responsável pelo perfil @comedia_zero, divulgou mensagens de teor ofensivo e depreciativo à honra de Daniella, em plena campanha eleitoral, na clara tentativa de desestabilizá-la. Ary, na época dos ataques, era servidor do Governo do Estado, e trabalhava na Empresa Paraibana de Turismo (PBTUR), conforme apurou a investigação. Segundo informações do Sagres, até o mês de abril ele continuava na folha de pagamento do Estado.
No dia dos ataques cibernéticos, a então candidata participava de um debate com os demais candidatos ao cargo de senador. Os ataques foram feitos através da rede social Twitter. Ele chegou a ‘pedir nudes’ à senadora, o que foi visto como uma ofensa não apenas a Daniella, mas a todas as mulheres de uma forma geral, pela afronta e desrespeito ao gênero.
Para o advogado Diego Fabrício, que representa a senadora, a pena imposta ao autor traz consigo, além da ação corretiva, um caráter educativo. “Esse caso serve de alerta para quem tenta se esconder atrás de perfis falsos com o intuito de atacar a honra e a imagem de terceiros. Esse caso é emblemático porque o autor foi identificado e devidamente responsabilizado pelos seus atos”, afirmou.
A senadora Daniella Ribeiro, por sua vez, disse que se sente aliviada com a resolução do caso e fez um apelo para que situações dessa natureza não se propaguem. “Infelizmente muitas pessoas com intenções duvidosas usam a internet para atacar, ofender, e até ameaçar. Aconteceu comigo e eu, de imediato, denunciei. Espero que todas as vítimas de crimes cibernéticos também denunciem para que os casos não fiquem impunes e não sirvam de incentivo”, declarou.
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