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Homem estuprou enteada desde os 12 anos até engravidá-la

A ADOLESCENTE, HOJE COM 15 ANOS, TINHA O ACUSADO COMO UM PAI ADOTIVO. (FOTO: ARGELIRO LIMA/NOVO JORNAL)

A ADOLESCENTE, HOJE COM 15 ANOS, TINHA O ACUSADO COMO UM PAI ADOTIVO. (FOTO: ARGEMIRO LIMA/NOVO JORNAL)

O drama aconteceu numa comunidade rural de Macaíba, na região metropolitana de Natal, onde moravam a doméstica Ana Cristina Ferreira da Conceição, de 36 anos, e o seu segundo marido Antônio Pedro, com seus três filhos, entre eles, a menina que começou a ser abusada aos 12 anos. Ana Cristina jamais podia imaginar que o homem com quem vivia há mais de dez anos pudesse ser capaz de violentar sexualmente a sua filha, a adolescente identificada pelas iniciais S. F. S., hoje com 15 anos, que o tinha como um pai adotivo. No entanto, o pedreiro Antônio Pedro Ferreira da Silva, o Tonho, de 34 anos, assediou a menina durante cerca de dois anos.
A série de abusos cometidos pelo padrasto só acabou quando a menor descobriu que estava grávida. Antônio está foragido da justiça há mais de um ano. Também não se sabe o paradeiro da criança gerada dos estupros, doada logo após o nascimento para uma família do Rio de Janeiro.
As investidas do pedreiro sobre a enteada foram consumadas por volta de 2012, quando a menina tinha apenas 12 anos. Antônio se valia da fragilidade e do medo da garota para ameaçá-la de morte, caso ela contasse para alguém sobre suas atitudes para obrigá-la a manter relações sexuais com ele e aproveitava todo e qualquer momento a sós com ela para violentá-la, embora ela tentasse fugir das mãos dele. Algumas vezes, o homem deixava de ir ao trabalho ou mesmo impedia a criança de ir à escola com os seus dois irmãos mais novos para aliciá-la.
“Ele esperava minha mãe sair de casa e os meus irmãos irem para a escola. Só ficava eu e ele em casa. Ai ele começava a me tocar e a fazer as coisas comigo. Ele dizia que a culpa era minha, por eu ser menina, mas nunca fiz nada não…”, desabafa S. “Quando ele me tocava, eu só conseguia ter nojo e medo. Muito medo… Tinha muito medo porque ele dizia que se eu contasse para alguém as coisas que ele fazia comigo, ele mataria minha mãe, meus dois irmãos e me matava depois. Só falei o que acontecia quando não tinha mais jeito”.
A mãe de S., Ana Cristina Ferreira, diz que notava o comportamento diferente da filha quando Antônio se aproximava dela. A garota, que até então convivia normalmente com o seu padrasto, passava a evitá-lo e tentava se esquivar dos seus carinhos, embora se mantivesse calada. “Toda vez que ela entrava em casa e via Antônio, ficava assustada, com medo. Eu perguntava: ‘o que é que você tem filha?’. Ela dizia: ‘não é nada não, mainha’”, conta Ana Cristina.
O padrasto seguia ameaçando a jovem de morte caso  contasse para a esposa sobre a situação ao qual a sujeitava constantemente. Todavia, Antônio não contava com o pior. Ao fim de 2014 e sofrendo com enjoos e náuseas, S. F. S. descobriu que estava grávida do seu padrasto. Acusado, Antônio tentou negar que o filho fosse seu, mas os indícios contra ele eram mais fortes. A adolescente entrou em desespero e pensou em tirar a própria vida. “Não queria gerar aquela criança dentro de mim. Era um filho indesejado”, relata.
Foi quando surgiu uma mulher identificada apenas como Beth no caminho de S. F.. Beth foi apresentada para ela por intermédio de um homem chamado José Roberto, que conhecia a história de abusos. Beth propôs a doação da criança que ainda estava no ventre da adolescente para uma família que mora no Rio de Janeiro. A jovem aceitou o pedido. oi o melhor para ele”, avalia Cristina. Nem Ana Cristina nem a adolescente sabem o paradeiro da criança.
Agora, o Ministério Público estadual investiga se a doação da criança foi legal. Além disso, esse não é o único caso. A delegacia especializada na defesa da criança e do adolescente registrou 60 casos semelhantes no ano passado, sendo as crianças e adolescentes as maiores vítimas.
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