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Hacker diz que entregou mensagens ao The Intercep, mas Greenwald, editor do site, não confirma fonte

“NÓS NÃO COMENTAMOS SOBRE NOSSAS FONTES”, AFIRMOU GLENN. FOTO: EVARISTO SA / AFP

O hacker Walter Delgatti Neto, um dos presos pela Polícia Federal, afirmou, em depoimento, que repassou ao site The Intercept Brasil mensagens trocadas por procuradores da Lava-Jato e pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro. Desde 9 de junho, o veículo publica diálogos que lançam suspeitas sobre a conduta dos integrantes da operação no Paraná.

Delgatti é defendido por um advogado público federal e está preso na Superintendência da PF em Brasília. Ele foi alvo de um mandado de prisão provisória, emitido pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, o acusado declarou que entregou as mensagens de forma anônima, sem cobrar por isso e que repassou pelo aplicativo Telegram ao jornalista Glenn Greenwald, um dos fundadores do portal.

Após a publicação da matéria da Folha, o jornalista Glenn Greenwald, um dos fundadores do The Intercept, se manifestou pelo Twitter para dizer que a informação era “nova e verdadeira”, o que levou muitos a acreditar que ele estava confirmando ser Delgatti a sua fonte.

Pouco depois, porém, o jornalista ressaltou: “Para ser claro, não estou afirmando que a pessoa acusada pela PF é de fato nossa fonte. Nós não comentamos sobre nossas fontes. Eu estou apenas destacando o que a pessoa que PF e @folha disseram ser a nossa suposta fonte.” 

Dada essa informação nova e verdadeira, a única maneira pela qual Bolsonaro e Sergio Moro podem criminalizar nosso jornalismo é se renunciarem a qualquer pretensão de que o Brasil ainda é uma democracia. Em nenhuma democracia está denunciando um crime.

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