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Guerra: reunião entre Rússia e Ucrânia deve acontecer nesta segunda

FOTO: ANSA

As  conversas formais entre as delegações da Rússia e da Ucrânia para tentar  negociar um cessar-fogo na guerra serão realizadas na manhã desta segunda-feira (28), informou o vice-ministro ucraniano do Interior, Evgeny Yenin, à CNN.

Confirmação das negociações

A confirmação da reunião aconteceu neste domingo (27) onde a Ucrânia confirmou que participará de negociações de paz com a Rússia em uma área próxima à fronteira com Belarus, em Pripyat.

A confirmação veio após um telefonema entre os presidentes Volodymyr Zelensky e Aleksandr Lukashenko e depois de inúmeras trocas de acusações entre os três países.

“Nós combinamos que a delegação ucraniana se encontrará com a delegação russa sem pré-condições na fronteira entre Ucrânia e Belarus, próximo ao rio Pripyat. Aleksandr Lukashenko assumiu a responsabilidade de garantir que todos os aviões, helicópteros e mísseis parados no território bielorrusso ficarão em terra durante a viagem, as conversas e o retorno da delegação ucraniana”, disse Zelensky.

O domingo foi marcado por acusações via discurso dos três presidentes. Logo cedo, Zelensky acusou Belarus de estar também atacando as cidades do país e disse que não poderia aceitar negociar em Minsk ou Gomel porque o governo não estava neutro no conflito.

“Qualquer cidade neutra está boa para as negociações. Pode ser Varsóvia, Istambul, Baku, mas não Minsk. A Rússia sabe que enviar uma comitiva para Gomel, em Belarus é inútil. Nós queremos negociações reais, não ultimatos”, disse Zelensky.

Por sua vez, Lukashenko disse que o presidente ucraniano “estava mentindo” e que seu país continua sendo neutro no conflito – apesar de cerca de 30 mil soldados russos terem invadido a Ucrânia vindos de seu país.

Um parlamentar ligado ao presidente russo, Vladimir Putin, havia dado um ultimato para Kiev até às 15h (9h de Brasília) para uma resposta ucraniana e que se não houvesse nenhuma manifestação, o país voltaria com “o ataque total”. E o próprio líder russo afirmou que Kiev estava “desperdiçando” a chance de conversas.

iG

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