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Guedes diz que o Brasil vai ser “destruído” pela “indústria de precatórios”

SEGUNDO ELE, ESSAS DESPESAS ESTÃO SUBINDO EM RITMO ACELERADO, ACIMA DOS GASTOS COM SAÚDE E EDUCAÇÃO. FOTO: EBC

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta 3ª feira (8.dez.2020) que o Brasil vai ser “destruído” pela “indústria de precatórios” –que são as dívidas federais que o STF (Supremo Tribunal Federal) mandou o governo pagar. Segundo ele, essas despesas estão subindo em ritmo acelerado, acima dos gastos com saúde e educação, por exemplo.

Para 2021, o Ministério da Economia estima pagar R$ 55 bilhões em precatórios. “Não existia e, de repente, aparece R$ 15 bilhões por ano. Aí no governo seguinte pula para R$ 25 bilhões, R$ 30 bilhões. No ano que vem já são R$ 35 bilhões ou R$ 40 bilhões. Será que estamos tratando corretamente?”, questionou.

Os valores dos precatórios vão para empresas e cidadãos que devem ser ressarcidos ou indenizados pelo governo. Eles recebem 1 recibo (precatório) e entram na fila de pagamento.

A equipe econômica já estudou postergar a quitação dessas dívidas para financiar o Renda Cidadã, programa social estudado pelo governo. A ideia foi interpretada como 1 calote pelos investidores do mercado financeiro e não prosperou.

“O Brasil vai ser destruído por uma indústria predatória. Quem está fazendo isso? Aí há várias possibilidades. Primeiro, a legislação é obsoleta. Está se criando passivos de uma forma não razoável. É uma hipótese”, afirmou Guedes no seminário “Diálogo entre os Poderes pela retomada econômica do país”, organizado pelo Ieja (Instituto de Estudos Jurídicos Aplicados), em Brasília.

O ministro da Economia disse que o Congresso talvez tenha que revisar as regras para diminuir esse custo. Falou que outra hipótese é “alguém estar fazendo alguma besteira” para ganhar dinheiro. Guedes, porém, não disse quem estaria “lucrando” com a “indústria“.

“Eu vou me poupar de raciocínio que não é da minha área. Eu só tenho que registar que foi um susto quando eu observei que tinha uma coisa subindo mais que saúde, que educação, que programas sociais. Eram os precatórios.”

Poder360

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