O jornalista americano Glenn Greenwald disse nessa quinta-feira (13) ter recebido ameaças “grotescas”, inclusive contra seu marido e filhos, depois de ter publicado trocas de mensagens vazadas que mostraram que o ministro da Justiça, Sérgio Moro, conspirou para manter o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fora da disputa presidencial de 2018.
Greenwald disse à AFP que “a violência política é uma realidade” no Brasil e que ele não deixará o país, depois que o site investigativo The Intercept, do qual é cofundador, publicou o material que colocou em dúvida a imparcialidade de Moro quando ele era juiz.
As conversas no Telegram – fornecidas ao The Intercept por uma fonte anônima – desencadearam pedidos para a renúncia de Moro, que liderava a operação Lava Jato antes de se juntar à equipe de ministros do presidente Jair Bolsonaro, em janeiro.
Ninguém foi intocável na investigação, que começou em 2014 e prendeu políticos e empresários brasileiros ao descobrir saques em larga escala da estatal Petrobras.
IstoÉ