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“Grande avanço”, diz infectologista sobre exame único que detecta vários agentes causadores de inflamações intestinais

MÉDICO FERNANDO SUASSUNA ESCLARECE EXAME PARA IDENTIFICAR AGENTES CAUSADORES DA DOENÇA. FOTO: DIVULGAÇÃO

Dores abdominais, cólicas, náuseas, vômitos e diarreia aquosa, acompanhadas de febre, calafrios e fraqueza em geral podem ser sintomas das gastroenterites, uma inflamação do trato intestinal causada por vírus, bactérias e/ou parasitas. Para iniciar um tratamento mais eficaz, um dos caminhos é a realização do Painel Molecular Gastrointestinal, um único exame que pode identificar vários agentes causadores da doença.

“É um grande avanço no diagnóstico das gastroenterites porque até bem pouco tempo, tínhamos uma grande dificuldade pela baixa sensibilidade dos testes que pesquisavam a presença dos parasitas”, disse o médico infectologista, Fernando Suassuna.

O exame pode ser feito em qualquer unidade do DNA Center, não necessita de agendamento prévio e é fundamental para um tratamento mais rápido e assertivo da gastroenterite, acelerando o processo de cura do paciente e evitando o uso indiscriminado de antibióticos, causa principal da resistência bacteriana.

O teste é realizado em amostra de fezes, por meio da técnica de PCR em tempo real. A coleta pode ser realizada a qualquer momento do dia, em domicílio, preferencialmente no período da manhã. Por utilizar técnicas de biologia molecular, o painel se torna mais sensível e específico, pois detectará a presença de material genético dos agentes infecciosos investigados.

O painel molecular para gastroenterites pode identificar os seguintes causadores da doença: Salmonella, Campylobacter e/ou Yersinia enterocolítica; Shigella/EIEC; Cryptosporidium; Giardia lamblia e/ou Entamoeba histolytica; Norovírus G1 e/ou Norovirus G2; Rotavírus; Adenovírus; Astrovírus e/ou Sapovírus.

“Algumas bactérias, como a Campylobacter e a Yersinia, o diagnóstico era praticamente impraticável. São doenças que agora vão aparecer, porque até bem pouco tempo eram subnotificadas e praticamente ignoradas, perdendo-se a oportunidade de fazer um tratamento mais efetivo e uma recuperação mais rápida do paciente”, explicou Suassuna.

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