O governo Lula ampliou a verba destinada à comunicação institucional, utilizada para divulgar slogans e programas da gestão, como “Brasil Soberano” e “Gás do Povo”, fazendo com que essa modalidade ultrapasse os recursos destinados às campanhas de utilidade pública.
Segundo dados divulgados pelo Jornal de Brasília, a comunicação institucional agora concentra 57% da verba federal de publicidade, enquanto as ações de utilidade pública representam 43%.
O orçamento total previsto para 2025 é de R$1,54 bilhão, sendo R$876,8 milhões para peças institucionais da Presidência e R$661,6 milhões destinados às campanhas informativas dos ministérios.
A gestão de Sidônio Palmeira intensificou o foco na comunicação digital, com previsão de R$100 milhões por ano em um novo contrato para produção de conteúdos para redes sociais, podcasts e videocasts. O plano inclui cerca de 3.000 vídeos anuais, sendo 576 com apresentador, o que deve custar aproximadamente R$12,3 milhões por ano.
Entre os temas que devem ser promovidos digitalmente estão programas como Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida e Pé-de-Meia.
Outros órgãos também ampliaram gastos com comunicação. O Ministério da Fazenda, comandado por Fernando Haddad, solicitou R$120 milhões para reforçar a divulgação de suas ações.
A Secom também reforçou sua equipe com a nomeação de Mariah Queiroz para a Secretaria de Estratégias e Redes, ampliando a aposta em comunicação digital.
Críticos apontam que o aumento da verba ocorre às vésperas do ano eleitoral, enquanto o governo defende que se trata de prestação de contas à população.
Diário do Poder
