Considerada uma entidade de direito angolano, a Igreja Universal local alegou como base para suas decisões, segundo o órgão oficial, a “violação sistemática aos estatutos e direitos dos membros”, tais como “a discriminação racial e violação das normas estatutárias”; a “imposição e coação à castração ou vasectomia aos pastores”.
Também são citadas a suposta “privação aos pastores e suas respectivas esposas de acesso à formação acadêmica, científica e técnica profissional”; a suposta falsificação de atas, “abuso de confiança da direção da Igreja ao passar procurações com plenos poderes a cidadãos brasileiros para exercer atos reservados à assembleia geral” e “abuso de confiança na gestação dos recursos financeiros e patrimoniais”, entre outros pontos.
A assembleia de bispos e pastores de Angola indicou uma nova equipe de gerência e uma “Comissão de Reforma” da Igreja Universal, com o bispo angolano Valente Bezerra Luís como seu coordenador.
Bezerra Luís, de acordo com a ata, passou a ser o novo líder da igreja no país. Também foi destituído “de todos os seus poderes”, conforme a assembleia, o então presidente do conselho de direção da Universal, bispo Antonio Pedro Correia da Silva, e encerrado o serviço eclesiástico de missionários brasileiros da Universal em todo o território de Angola.
BBC