A pressão exercida por governadores fez o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) recuar de sua ideia de encerrar a operação militar para reforçar a segurança do Ceará, estado que enfrenta um motim policial desde a semana passada.
Os chefes de Executivo estadual discutiram dois movimentos. Ao longo da madrugada de sexta-feira (28), após a live em que Bolsonaro, na noite anterior, insinuou que não prorrogaria a GLO (Operação de Garantia da Lei e da Ordem), uma estratégia jurídica foi discutida.
Participaram das conversas governadores, parlamentares e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli.
Houve consenso de que o governador Camilo Santana (PT-CE) poderia, caso tivesse seu pedido de prorrogação da GLO negado, judicializar a questão.
Uma opção mais simples seria ele entrar com um pedido de decisão provisória no Supremo para manter as forças federais no seu estado. Outra, mais audaciosa do ponto de vista institucional, seria pedir ao STF ou ao Congresso que requisitasse a GLO a Bolsonaro.
Folha de S. Paulo