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Globo utiliza veículos de comunicação e comentaristas para massificar críticas à lei sobre abuso de autoridade

A Globo está usando seus veículos de comunicação e comentaristas para demonstrar a insatisfação com a aprovação do texto-base do projeto de lei sobre a regulamentação do abuso de autoridade – chamada Lei Cancellier, em homenagem ao reitor da UFSC, Luiz Carlos Cancellier, que se suicidou 18 dias após ser preso sem provas pela força-tarefa.

Principal porta-voz político da família Marinho, o jornal O Globo em sua versão impressa chamou de “reação do Congresso”: “Câmara aprova projeto que pune abuso de autoridade”, diz a manchete.

Na versão online, a explicação do impresso ganha destaque principal com a chamada: “Entenda, em cinco pontos, por que o projeto de abuso de autoridade tem a Lava-Jato como alvo”, na linha logo abaixo o recado é dado a Bolsonaro. “Texto aprovado na Câmara opõe políticos e investigadores da operação e vai à sanção presidencial, com direito a veto”.

No jornal do grupo de comunicação, que foi cúmplice de Sérgio Moro em vários abusos da Lava Jato – como a divulgação de áudios ilegais entre a ex-presidenta Dilma Rousseff com o ex-presidente Lula -, o ministro da Justiça e ex-juiz ganha destaque na coluna da jornalista Bela Megale.

“O Projeto de Lei de abuso de autoridade será examinado pelo Governo. Ninguém é a favor de abusos, mas o projeto precisa ser bem analisado para verificar se não pode prejudicar a atuação regular de juízes, procuradores e policiais”, diz Moro na coluna.

Rádio CBN

Na rádio CBN, que pertence ao sistema Globo de Rádio, o principal destaque do site é que “após aprovação relâmpago”, o “meio jurídico reage contra PL do abuso de autoridade”.

A rádio destaca ainda o comentário de Merval Pereira, uma espécie de garoto de recados dos Marinho, dizendo que a “legislação passa a ser instrumento de bloqueio para ação de investigadores”.

No site globo.com, principal vitrine do grupo, o destaque é para Moro, que “avaliará se lei sobre abuso prejudica juízes”. Na GloboNews, a orientação é para que os comentários sejam sempre críticos ao projeto aprovado na Câmara.

Com informações: Revista Fórum

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