Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu, nessa segunda-feira (22), pelo arquivamento do inquérito que investigava o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG).
As denúncias indicam envolvimento em supostos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro referentes ao recebimento de vantagens por empresas contratadas por Furnas Centrais Elétricas S/A.
O ministro acatou pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Em manifestação enviada ao STF, a subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, destacou que as investigações não reuniram elementos contra o deputado.
A apurações contra o tucano eram um desdobramento da Lava Jato. Aécio foi considerado suspeito de ter recebido propinas, por intermédio do ex-diretor de Furnas, Dimas Toledo, a partir de dinheiro desviado em contratos com empresas terceirizadas.
Sem comprovação
Para a PGR, “não foi possível comprovar o recebimento de vantagem indevida por Aécio Neves no esquema de Furnas”.
“Desse modo, forçoso reconhecer que a apuração não reuniu até o momento suporte probatório mínimo que ampare o oferecimento de denúncia. Assim, não havendo lastro probatório mínimo para o oferecimento de denúncia com perspectiva de êxito, justifica-se o arquivamento deste inquérito”, escreveu a subprocuradora-geral.
Gilmar Mendes, no entanto, ressaltou que o caso pode ser reaberto. “Ante o exposto, acolho o requerimento formulado pela PGR e determino o arquivamento da presente investigação, ressalvada a reabertura em caso de surgimento de novos elementos de prova”.
G1