A rede de varejo Polishop protocolou um pedido de recuperação judicial na semana passada, aguardando a deliberação da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo. A empresa enfrentava dificuldades ao tentar renegociar suas dívidas de R$ 395 milhões com os credores, enquanto shoppings centers resistiam a acordos devido a atrasos no pagamento de aluguéis.
No dia 3 de abril, a Polishop obteve uma liminar para suspender execuções de dívidas e despejos, permitindo a antecipação dos efeitos do processamento da recuperação judicial. Agora, a Justiça avalia o pedido.
Em entrevista ao Valor, o fundador João Apolinário revelou que a Polishop enfrenta sua mais grave crise financeira. Para equilibrar a estrutura de capital, os sócios venderam ativos, incluindo uma aeronave de R$ 250 milhões, e aplicaram R$ 100 milhões na rede entre 2022 e 2023.
A empresa também fechou dezenas de lojas deficitárias nos últimos anos, reduzindo o número de unidades. A queda na demanda por produtos voltados à faixa de renda mais alta e dificuldades na importação de mercadorias da China também afetaram o negócio.
