Ao respaldar manifestação que pedia a volta do AI-5 (veja explicação ao final deste texto) e a intervenção militar contra uma completa ficção, o suposto golpe que o Congresso estaria preparando contra ele, o presidente Jair Bolsonaro voltou a incomodar a cúpula militar.
Nenhum chefe militar da ativa se manifestou sobre o assunto até o momento em que é publicada esta notícia. Segundo apurou o Congresso em Foco, isso ocorreu por fidelidade ao sentimento de obediência a que os militares se julgam obrigados a cumprir em relação a quem, na condição de chefe de governo, é o comandante máximo das Forças Armadas.
Apesar disso, fontes militares revelaram que o comportamento de Bolsonaro causou desconforto, até pela ideia de empurrar a crise para, literalmente, dentro do Exército. No mesmo dia (19 de abril) em que a instituição completou o seu 372º ano de existência, cujo marco é a data da primeira vitória alcançada contra os holandeses em Pernambuco, o presidente resolveu discursar em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília. Mesmo que o pronunciamento não fosse de ruptura com a ordem constitucional, disseram essas fontes, o local seria inapropriado.
Congresso em Foco