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Gaza: primeira semana de repatriados é dividida entre alívio e ameaças

FOTO: VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES

A última semana vai ser lembrada como um momento de alívio para o grupo de 32 pessoas que deixou a Faixa de Gaza em busca de segurança e recomeço em solo brasileiro. Após mais de um mês presa na zona de conflito entre Israel e o Hamas, a turma desembarcou do avião da Força Aérea Brasileira (FAB) na noite de segunda-feira (13/11) e foi recepcionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Na chegada, os discursos expressavam o sentimento de esperança após mais de um mês vivendo sob ameaça da guerra, que já deixou mais de 12 mil mortos somando as perdas dos dois lados.

“A gente pensou que ia morrer sem ninguém saber da gente, que não íamos conseguir sair de lá. Mas, graças ao governo, embaixada e todos, estamos aqui. Agradeço a todos. Obrigado, Brasil”, disse a jovem Mel, de 18 anos.

O grupo de resgatados tem 22 brasileiros de nascimento, sete palestinos naturalizados brasileiros e três palestinos familiares próximos. São, ao todo, 17 são crianças, nove mulheres e seis homens.

Acolhimento

Nos dias seguintes, o governo montou uma força-tarefa com ações coordenadas pela Secretaria Nacional de Justiça para o acolhimento dos repatriados. A equipe multiministerial prestou serviços em saúde, como a atualização de vacinas, exames, consultas e o auxílio de assistentes sociais e psicólogos; regularização do processo imigração, emissão de documentos e inscrição em programas sociais.

O secretário Nacional de Justiça do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Augusto de Arruda Botelho, descreveu o primeiro dia da chegada dos repatriados como um “momento de escuta”.

“Esse grupo passou por momentos extremamente difíceis, numa zona de guerra, tem traumas que precisam ser superados”, afirmou.

Metrópoles

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