Mesmo tendo plano de saúde, 218 dos 513 deputados federais foram reembolsados por despesas médicas em 2021. Ao todo, a Casa gastou R$ 7,8 milhões no ano passado com o serviço, valor 20,9% maior que o de 2020. Os dados foram obtidos pelo Metrópoles por meio da Lei de Acesso à Informação.
O aumento nos valores reembolsados ocorre após o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), mudar as regras para solicitar o benefício. Em março do ano passado, Lira assinou ato que reajustou de R$ 50 mil para R$ 135,4 mil o montante passível de reembolso que não precisaria ser analisado pela Mesa Diretora para ser aprovado.
A Casa Legislativa justificou a medida, alegando que a antiga quantia estava defasada. Com o aumento de 170,8%, requerimentos para reembolsos que tenham até esse valor não precisam mais esperar a autorização do segundo vice-presidente da Mesa para serem efetuados. O cargo é ocupado atualmente por André de Paula (PSD-PE).
Parlamentares podem solicitar reembolso com gastos envolvendo atendimento ambulatorial ou hospitalar, incluindo quimioterapia e radioterapia; exames complementares de diagnóstico; assistência domiciliar; assistência prestada por médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais; remoção para outro centro clínico, quando caracterizada a emergência ou a urgência e a inexistência de condições técnicas locais; órteses e próteses; e assistência odontológica.
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