Há males que vêm para o bem. Uma atitude da Globo com potencial de prejudicar Galvão Bueno acabou por beneficiar o jornalista. Ao renovar o contrato dele em 2019, a emissora reduziu seu salário – de R$ 5 milhões para R$ 1,5 milhão, especula o mercado – em razão de profunda reestruturação financeira iniciada naquela época.
Como compensação, o locutor esportivo foi liberado para fazer comerciais e ações de merchandising (inclusive em redes sociais), prática proibida aos profissionais do departamento de jornalismo do canal. Imediatamente, Galvão começou a receber propostas de agências de publicidade. De lá para cá, consolidou-se como um dos mais procurados e bem-pagos garotos-propaganda do País.
Protagonizou campanhas para empresas e marcas como BR Distribuidora, WhatsApp, TikTok, Ambev, 99, EQI Investimentos e Pixbet. Está no ar, ao lado do amigo Arnaldo Cezar Coelho (inspirador do bordão “Pode isso, Arnaldo?”), em comercial do Santander. Fontes do mercado estimam que os cachês tenham rendido ao apresentador entre R$ 10 milhões e R$ 15 milhões.
No Instagram, onde possui 1,1 milhão de seguidores, ele faz propaganda para si mesmo. Posta vídeos e banners promocionais de sua empresa de vinhos, a Bueno Wines.
Após algumas ‘ameaças’ de aposentadoria, Galvão Bueno vive uma etapa fantástica de sua carreira. Aos 71 anos, se mantém como o principal locutor de eventos esportivos da maior emissora do País. Para muitos, é considerado insubstituível por ter se tornado uma figura quase folclórica no telejornalismo. Querido por muitos e detestado por tantos outros, sempre atrai a atenção do público e da imprensa, garantindo boa repercussão à Globo.
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