Um dia após o assassinato do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, o funeral dele recebeu dezenas de autoridades de países islâmicos e grupos extremistas. E a palavra “vingança” correu solta durante os discursos.
Eles acusam Israel de matar Haniyeh na casa dele em Teerã, logo depois de o líder participar da posse do novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian. Os israelenses não fizeram qualquer declaração sobre o assunto.
À agência de notícias Reuters, pelo menos cinco fontes confirmaram que representantes de Irã, Líbano, Iraque e Iêmen vão se reunir a partir desta quinta (1º/8) para para discutir possíveis retaliações contra Israel.
O chefe do gabinete político do Hamas, Ismail Haniyeh aparece ao lado do brasileiro Geraldo Alckmin, horas antes de ser morto
Pezeshkian e o chefe do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, general Hossein Salami, fizeram questão de estar presentes no enterro e assistir aos discursos. Em um deles, Mohammad Bagher Ghalibaf, porta-voz parlamentar conservador, afirmou queo Irã “certamente executará a ordem do líder supremo” para vingar Haniyeh.
“É nosso dever responder na hora certa e no lugar certo”, se exaltou, enquanto uma multidão repetia os gritos e “Morte a Israel, Morte à América!”.
O líder supremo da República Islâmica do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, fez as orações de despedida de Haniyeh. Um dia antes, ele mesmo havia ameaçado Israel com “punição severa” pela morte do líder do Hamas.
Segundo ele, é dever do país “buscar vingança por seu sangue, pois ele foi martirizado no território da República Islâmica do Irã”.
Outro discurso duro veio de um dos líderes sêniores do Hamas. Khalil al-Hayya, chefe de relações exteriores do grupo extremista, repetiu o slogan de Ismail Haniyeh: “Não reconheceremos Israel”. E completou: “Perseguiremos Israel até que seja arrancado da terra da Palestina”.
Horas antes do atentado contra Haniyeh, Israel havia matado o principal comandante do Hezbollah, Fuad Shukr, no Líbano.
Metrópoles