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Fruticultura irá crescer 10% este ano e promete ampliar mercados no RN

Imagem: Divulgação/ Abrafrutas

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Depois de anos de sucessivas perdas, a fruticultura irrigada volta a respirar com mais ânimo no Rio Grande do Norte. Somente em 2015, quase 500 mil toneladas de frutas foram produzidas no Alto Oeste do estado. Os dados são do Comitê Executivo da Fruticultura Irrigada do Rio Grande do Norte (Coex), que reúne 23 produtores associados.
Metade de toda a produção potiguar, entre 200 mil e 220 mil toneladas, foi para o mercado externo – basicamente o continente europeu, servindo mesas principalmente na Inglaterra, na Holanda e na Espanha. As exportações foram responsáveis pelo ingresso de US$ 98 milhões no estado. Cerca de 20 mil empregos diretos e 50 mil indiretos são gerados por essa cadeia. Apesar dos resultados, a produção potiguar ainda é ameaçada pela falta de água.

“O estado perdeu um pouco do espaço na fruticultura nos últimos anos, até praticamente 2012 ou 2013. De lá para cá, voltou a crescer e está aumentando. O resultado do ano passado coloca o estado como o quarto maior exportador do país, atrás da Bahia, Pernambuco e o Ceará. Acho que ele tem como ultrapassar o Ceará já este ano, em termos de valor de exportação e ser o terceiro maior exportador de frutas do Brasil. Acho que essa é uma perspectiva bastante positiva”, afirma o produtor Luiz Roberto Barcelos, da Fazenda Famosa, que preside o Coex e a Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas).

De acordo com ele, embora o país viva um momento de crise, há setores que estão em uma situação favorável ao crescimento e que podem ser vetores para a retomada do desenvolvimento. Um deles é a fruticultura. “Quando a crise vem, todo mundo reduz investimentos. Quando você reduz investimentos, reduz a produção e alimenta mais a crise, ao invés de sair”, diz ele. “A saída da crise é trabalho e produção, não tem outra forma de fazer isso. E o agronegócio tem sido a locomotiva da economia brasileira nos últimos anos. A fruticultura, mais ainda”, pontua.

Situação dos aquíferos preocupa

Apesar da perspectiva de crescimento, a exportação das frutas registrou queda superior a 20% no primeiro bimestre deste ano em relação a 2014. Isso por causa de um contraste próprio desse segmento. Ao mesmo tempo em que ele precisa da chuva para restabelecer os aquíferos subterrâneos, após uma seca de praticamente cinco anos, o excesso de água prejudicou a produção de janeiro. No primeiro mês do ano caíram 280 milímetros, quando a média é de 80.

“Para a fruta, tem que ter chuva no momento correto. E o momento correto seriam esses meses de março e abril, quando todos os produtores reduzem bastante a produção, para não correr riscos.

Imagem: Ilustração

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