Alexandre Frota, deputado expulso do PSL na última terça-feira, falou em entrevista ao jornal “Folha de S. Paulo” sobre sua saída do partido. Frota afirmou que o presidente Jair Bolsonaro teria exigido sua expulsão e o chamou de “idiota ingrato que nada sabe”.
Após Frota ter criticado abertamente o presidente ele foi acusado de infidelidade partidária, para o deputado esse foi “um aviso para aqueles que acham que estamos vivendo em uma democracia”, Frota também destacou que Bolsonaro teria dito que “aquela cedeira de presidente ficou grande para ele e ele se lambuzou com o mel da Presidência”. Após a saída do partido, o deputado revelou que recebeu convites de sete partidos, o DEM, PP, MDB, PSDS, Podemos, PSD e PRB além de uma aproximação com o governador de São Paulo, João Dória, ele pode se filiar aos PSDB.
“Não disse amém e é preciso dizer amém. Não tive e não tenho medo do governo do Lula, do PT, não terei medo do governo Bolsonaro”, disse Frota. “Foram vários os fatores que levaram a expulsão do partido, mas o fato de falar a verdade incomodou muito, de criticar quem não gosta de ser criticado e não está preparado para as críticas. Isso pesou muito para o Bolsonaro”, explicou.
Mesmo depois da punição por expor a sua opinião, Frota ainda fez questionamentos sobre o presidente. “Bolsonaro não foi ninguém no Exército, saiu expurgado de lá, não foi brilhante, ou estou errado? Não estou”, disse. “Eu, como ator pornô, dei mais certo do que ele no Exército. Bolsonaro está fazendo parte de uma matilha cultural e social de extrema-direita, que assim como a esquerda, que durante muito tempo trabalhou isso, acham que vão dominar o país. E aí entram com as agressões, com as humilhações aos aliados, aos amigos, aqueles que o ajudaram a levá-lo à Presidência da República”, comentou.
O deputado se filiou ao PSL em 2018 ao receber um convite de Jair Bolsonaro. Foi eleito em São Paulo para a Câmara dos Deputados com poucoa mais de 150 mil votos.
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