Em seu pedido de recuperação judicial, a Americanas descreve alguns números impressionantes. Além da dívida volumosa, que já soma R$ 43 bilhões, a empresa diz ter mais de 16 mil credores. A maior parte desses credores é composta por fornecedores de produtos e serviços e vendedores dos marketplaces da Americanas.com, Submarino e Shoptime.
No grupo, há desde grandes fornecedores, como fabricantes de eletrodomésticos e eletrônicos, até pequenos lojistas que anunciavam seus produtos no site da Americanas. A lista detalhada de empresas que têm algo a receber da varejista deverá ser apresentada pela empresa nos próximos dias.
A complexidade da estrutura de credores preocupa. Fornecedores e representantes legais dessas empresas confidenciaram ao Metrópoles que temem não conseguir receber nada. Embora sejam mais numerosos, os prestadores da Americanas não terão tanto poder de barganha na recuperação judicial quanto os bancos.
A situação parece ser ainda pior, dada a avidez com que as instituições financeiras têm tentado reaver os valores emprestados para a varejista. Ao longo desta semana, bancos, como o BTG Pactual, ingressaram na Justiça para tentar garantir o bloqueio de recursos em contas da Americanas.
Metrópoles