Procurado pela Interpol e pela Justiça do Mato Grosso do Sul, o criminoso José Moreira Freires, conhecido como Zezinho, morreu em confronto com Policiais Civis nesta segunda-feira (14), na zona rural de Lagoa de Pedra, no Rio Grande do Norte. Investigado por cinco homicídios, além de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, entre outros crimes, o homem figurava como na lista dos 26 criminosos mais procurados pela polícia, divulgada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.
O ex-guarda municipal foi localizado por policiais da Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (Deicor) nesta segunda-feira (14). Segundo a Polícia Civil, durante a ação, José Moreira reagiu à abordagem e foi alvejado. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu.
Ainda de acordo com a corporação, o homem estava com uma pistola que pertencente à Polícia Civil do Rio Grande do Norte e que tinha registro de roubo. Os policiais da Deicor constataram também que ele havia criado um laboratório de produção de “crack”.
De acordo com as investigações, José Moreira havia chegado há cerca de dois meses na cidade de Lagoa de Pedra. “Zezinho” é suspeito da prática de cinco crimes de homicídio, além de envolvimento com tráfico de drogas, jogo do bicho, lavagem de dinheiro e corrupção. Havia dois mandados de prisão contra ele.
Segundo investigações, ele seria integrante de uma milícia, autor de um homicídio praticado contra um delegado, na frente da filha da vítima. Além disso, ele teria assassinado um estudante, filho de um policial militar, tentado matar um capitão da Polícia Militar e assassinado um policial militar que atuava na Assembleia Legislativa do Estado do Mato Grosso do Sul.
“Zezinho” também é apontado como autor do homicídio praticado contra o gerente do traficante Jorge Raffat, que foi morto na fronteira do Brasil com o Paraguai.
Foi constatado ainda que José Moreira havia ameaçado dois delegados da Polícia Civil do Mato Grosso do Sul, integrantes da Delegacia Especializada de Repressão de Roubo a Banco, Assalto e Sequestro (GARRAS), e um promotor do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do mesmo Estado.
As investigações indicam que os chefes de “Zezinho” seriam Jamil Name e Jamil Name Filho, ambos presos no Presídio Federal de Mossoró, juntamente com dois policiais civis do Mato Grosso do Sul.
Segundo a Polícia Civil, há informações apontando que “Zezinho” teria sido contratado recentemente, para executar uma autoridade do Ministério Público ou do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte. A corporação afirma que as investigações prosseguem para identificar outros possíveis envolvidos.
G1RN