Questionado pelos apresentadores se ‘Deus estaria satisfeito com o atual momento político do Brasil’, o cantor disparou: “Ninguém sabe quais são os desígnios de Deus, porque ele quer que seja assim ou porque ele quer que seja assado. Eu costumo dizer que nós é que criamos isso; Deus é uma invenção do homem. A crença geral é que é o oposto, que o homem é que foi criado por Deus.”
O artista, que se diz filho de Xangô, do Candomblé, comentou mais sobre isso: “A religião no modo geral, a crença não só em uma transcendência, de uma possível vida depois desta, mas também à regência feita por essa instância superior, normatizando procedimentos e comportamentos, é uma coisa que as religiões adotam e isso acaba, na maioria dos casos, levando as pessoas a uma adoção de uma maneira de ser relativa àqueles preceitos e mandamentos de Deus.”
Ele também contou que na infância tinha uma ligação maior com a religião: “Na infância, por causa da minha família e da cidade onde eu vivia, a gente rezava e celebrava a festa de Santo Antônio, festa de São Pedro, de Reis, de Nossa Senhora. Eu era muito ligado com aquele modo e compreensão do homem com a vida e com a natureza a partir da religiosidade católica. Depois, no decorrer da vida, fui encontrando outras formas de interpretar a realidade. Fui descobrindo a filosofia, a ciência e outros aspectos de compreensão do que é e do que não é, do que deve e pode ser. A partir dai, a religião foi tendo um papel menor [na minha vida].”
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