Atualmente, 378 pessoas esperam na fila para receber um transplante de coração no Brasil: entre elas, desde domingo (20/8), está o apresentador de TV Fausto Silva, o Faustão. Ele foi incluído na fila por uma grave insuficiência cardíaca. A doença é uma das que mais levam à necessidade de transplante, assim como entupimentos graves e arritimias severas.
Embora a fila de pacientes que precisam de transplante de coração seja pequena quando comparada às cerca de 65 mil pessoas que esperam por outros órgãos e medula óssea no país, ela não está perto de ser zerada. No Brasil, o tempo de espera para receber um coração é de, em média, 12 meses. Em alguns casos, pode chegar a até 2 anos.
No primeiro semestre deste ano, foram feitos 206 transplantes de coração no Brasil. Ainda que o número seja 16% maior em relação ao registrado no mesmo período do ano passado, ainda não foi possível superar os impactos da pandemia de Covid-19, quando os procedimentos foram praticamente congelados.
No ritmo atual, especialistas avaliam que seria necessário ao menos o dobro de cirurgias para combater a demanda reprimida pelo órgão.
“A principal dificuldade é encontrar doadores. Temos vários centros de saúde no Brasil que são capazes de realizar o procedimento, muitos médicos qualificados e um sistema integrado de filas que permite organizar o transporte dos órgãos. Entretanto, ainda há poucas pessoas interessadas em doar”, aponta o cardiologista Roberto Kalil, vice-presidente do Conselho do Incor e diretor de Cardiologia do Hospital Sírio-Libanês.
E não basta querer: existe uma série de critérios que restringe as doações, especialmente no caso de mortes violentas.
Além disso, doar órgãos é basicamente uma decisão da família do indivíduo que acaba de morrer. Um dos fatores que ainda mantém o número de doadores baixo é a dificuldade dos parentes de fazer a escolha: não há muito tempo para pensar depois de atestada a morte cerebral e, diante da pressão, muitos não entram em consenso.
Metrópoles
1 Comentário
Não prisões é o que mais tem!!