Recentemente, uma notícia que começou a circundar as redes sociais e despertou grande curiosidade e até desconforto entre muitas islandesas. Rumores indicaram que o governo da Islândia estaria incentivando o casamento entre mulheres locais e imigrantes, oferecendo uma generosa recompensa financeira. Este suposto incentivo monetário alcançaria até R$ 15 mil mensais para os imigrantes que se casassem com mulheres islandesas. Contudo, esta alegação foi prontamente refutada pelas autoridades locais.
A informação, amplamente disseminada desde junho, levou a uma onda de convites virtuais enviados a mulheres islandesas, propondo encontros e até matrimônio. No entanto, o site de notícias Gravine esclareceu no início de julho que o governo islandês negou veementemente tais alegações, assegurando que não há qualquer programa do tipo em vigor.
Como surgiu o boato sobre a suposta política islandesa?
A origem dessa história parece ter sido uma interpretação equivocada de uma medida discutida em fóruns menos formais na internet, que foi rapidamente amplificada pelas redes sociais. A notícia espalhou-se rápido, apesar de não haver confirmação oficial. Isto mostra como boatos podem crescer e criar uma narrativa própria, independente dos fatos.
A Islândia, conhecida por seus avanços em igualdade de gênero, apresenta uma interessante distribuição demográfica, que não justifica tais estratégias governamentais para balanceamento de gênero. Segundo dados oficiais recentemente divulgados, o país possui uma ligeira maioria masculina com 1.007 homens para cada mil mulheres na população geral. Na capital, Reykjavík, a proporção é ainda mais equilibrada com 985 homens para cada 1.000 mulheres.
Por que a Islândia não precisa de tais políticas?
A Islândia é frequentemente vista como exemplo global em políticas de igualdade e bem-estar social. Com um alto índice de desenvolvimento humano, o país não tem apenas conquistas em igualdade de gênero, mas também em salários, educação e saúde. Assim, a suposta necessidade de um programa para equilibrar demograficamente os gêneros, por meio de pagamentos para casamentos, é inconsistente com a realidade islandesa atual.
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