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FACÇÕES NA MIRA: Governo federal cria lei que pune líderes com até 30 anos e rastreia cada membro

FOTO: VALTER CAMPANATO

O governo federal quer apertar o cerco contra o crime organizado. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, enviou nesta quarta-feira (22) ao presidente Lula e à Casa Civil o projeto Antifacção, que cria o novo tipo penal “organização criminosa qualificada”, com penas de até 30 anos de prisão para líderes e integrantes de facções.

O projeto institui um banco de dados nacional com informações detalhadas sobre criminosos, incluindo nome, pseudônimo, endereço e até DNA. A ideia é centralizar dados estratégicos para rastrear facções em todo o país. Lewandowski afirmou que o Estado precisa estar “mais organizado do que o crime”, cada vez mais sofisticado.

Entre as medidas previstas estão apreensão de bens e valores durante investigações, infiltração de policiais e colaboradores nas facções, criação de pessoas jurídicas fictícias para operações e monitoramento de encontros de presos ligados ao crime organizado.

A pena para organização criminosa simples sobe de 3–8 anos para 5–10 anos, e agravantes como aliciamento de crianças, domínio territorial, uso de armas restritas ou morte de agentes de segurança podem dobrar a punição.

Facções dominam

Lewandowski alerta que o domínio territorial das facções deixa comunidades vulneráveis, sem saneamento, escolas ou saúde. Para enfrentar o problema, o ministério planeja retomar territórios ocupados por criminosos, combinando ação policial e avanço de serviços públicos.

O endurecimento das penas, segundo ele, não é solução única, mas funciona como fator de dissuasão, especialmente para os membros de menor escalão das facções.

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