Uma operação conjunta entre o Ministério Público do Rio (MPRJ) e o de São Paulo (MPSP) prendeu, no início da manhã desta quinta-feira, o PM reformado Fabrício Queiroz. O ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) foi encontrado em um imóvel do advogado do parlamentar em Atibaia, no interior de São Paulo.
A ação para a prisão de Queiroz foi batizada de Operação Anjo e foi autorizada pela Justiça do Rio. Além da prisão do PM, os agentes também cumprem mandados de busca e apreensão em uma casa da família Bolsonaro, em Bento Ribeiro, na Zona Norte.
O MPRJ também conseguiu a decretação de medidas cautelares que, além de busca e apreensão, incluem afastamento da função pública, o comparecimento mensal em Juízo e a proibição de contato com testemunhas de quatro pessoas; são elas:
. Matheus Azeredo Coutinho: servidor da Alerj
. Luiza Paes Souza: ex-servidor da Alerj
. Alessandra Esteve Marins: ex-servidor da Alerj
. Luis Gustavo Botto Maia: advogado
RACHADINHA
A prisão de Queiroz faz parte da investigação que apura um esquema de “rachadinha” na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) – desvio de dinheiro público através da devolução parcial de salário pago pelos assessores para o então deputado estadual. O PM também é investigado por lavagem de dinheiro em transações imobiliárias com valores de compra e venda fraudados.
Queiroz é investigado pelo MPRJ após um relatório do antigo Coaf, revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo em dezembro de 2018, apontar uma movimentação atípica em sua conta de R$ 1,2 milhão.
Em abril do ano passado, a Justiça determinou a quebra do sigilo fiscal e bancário do PM, do senador Flávio Bolsonaro e de outras 84 pessoas, além de nove empresas, entre 2007 e 2018.