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Expedição na APARC remove cerca de 1500 colônias de Coral-sol na costa potiguar

FOTO: DIVULGAÇÃO

Durante a última semana, o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente – Idema juntamente com um grupo de pesquisadores, realizou a primeira operação de remoção do Coral-sol, na Área de Proteção Ambiental Recifes de Corais (APARC). O coral-sol é uma espécie invasora, que coloniza ambientes marinhos e pode impedir o crescimento de espécies nativas.

A atividade foi realizada pelo Idema, por meio do Núcleo de Gestão de Unidades de Conservação (NUC), em parceria com a Fundação para o Desenvolvimento Sustentável da Terra Potiguar (Fundep), a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e a empresa de mergulho CCR-Brazil.

O professor Guilherme Longo, do Departamento de Oceanografia da UFRN, comentou sobre os resultados gerais da primeira expedição. “Fizemos quatro dias de mergulho com pelo menos 10 mergulhadores. Removemos mais de 1.500 colônias e cerca de 1.000 fragmentos de coral-sol. Estabelecemos parcelas fixas para monitoramento e posicionamos blocos para avaliar a chegada de novos propágulos do coral invasor”, disse.

Ainda segundo Guilherme, também foram realizadas coletas qualitativas dos corais que foram encaminhados ao Laboratório de Ecologia Marinha da UFRN para avaliar experimentalmente seu efeito sobre os corais nativos. “Estimamos ter removido cerca de 60% dos corais invasores nas áreas evidentes e de maior adensamento, mesmo assim, ainda restam áreas com abundância considerável de corais, principalmente nas áreas de acesso mais difícil, que demandam empenho de remoção. Agora, estamos mobilizando a equipe para essa segunda etapa do esforço de controle da invasão do coral-sol”, relatou.

O intuito das expedições é remover as colônias de coral-sol e manter um monitoramento sistemático e contínuo na área para controle da espécie. A gestora da APARC, Heloisa Brum, explica que este coral é considerado invasor, uma vez que ameaça a biodiversidade local, podendo prejudicar a riqueza de espécies nativas e ameaçar as atividades econômicas da região, como pesca e turismo.

“As espécies possuem diversas estratégias de crescimento e reprodução, além de defesas e ausência de predadores efetivos. Por isso, são invasores eficientes, que podem colonizar ambientes e impedir o crescimento de espécies nativas. Vale ressaltar também, que o Idema continuará com o monitoramento de toda APARC, em razão da sua importante diversidade biológica”, disse.

A oceanógrafa Erika Beux, responsável pela identificação do coral-sol na APARC no mês de fevereiro, fez parte da equipe de pesquisadores e realizou diversos registros fotográficos subaquáticos no local. Além da importância biológica, a localidade abriga um relevante registro histórico com a presença do naufrágio Commandante Pessoa, datado de 1954.

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