O ex-Raimundos Rodolfo Abrantes e a esposa, Alexandra Abrantes, utilizaram as redes sociais nesta quarta-feira (22) para denunciar os supostos abusos sofridos quando frequentavam a igreja Bola de Neve, em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, há 13 anos.
Rodolfo, que hoje em dia é pastor, fez parte da banda Raimundos até 2001. Ele relata que sofreu “traumas que demoram demais pra curar e ainda doem”.
A polêmica surgiu após ex-fiéis da igreja alegarem nas redes sociais que os pastores da Bola de Neve estavam desviando recursos — dízimos, por exemplo — para benefício próprio. Dentre os ex-fiéis estava Alexandra, que compartilhou com os mais de 1 milhão de seguidores sua indignação com a antiga igreja. O casal congregou na Bola de Neve entre 2004 e 2011.
A esposa de Rodolfo afirma que a pastora local teria deixado “feridas na alma” que carrega até os dias de hoje:
“Pastora só por título, pois nunca cuidou de ninguém a não ser de si mesma. As feridas não foram só em mim. E há 13 anos me desvinculei desse sistema podre de manipulação e controle de pessoas. Que nada tem a ver com o reino de Deus. Vergonha! É o que eu sinto, além de muito arrependimento. Gostaria de pedir perdão, pra todas as pessoas, que diretamente ou indiretamente eu influenciei a frequentar essa suposta igreja, que nada tem de Cristo”.
Após as declarações da esposa, Rodolfo aproveitou para dar o seu relato. Ele afirma: “Já fazem 13 anos que nos desligamos desse ministério. Em razão de não ter anunciado à época a nossa saída, muitas pessoas, principalmente na nossa cidade, ainda acham que estamos lá. Eu e minha esposa não temos conhecimento, nem compactuamos de absolutamente nada que tenha sido feito por meio da liderança desde 2011, quando saímos”.
Segundo o artista, ele teria sido “cancelado” na congregação por pastores, e teve suas músicas proibidas nos cultos:
“Minha esposa foi chamada de Jezabel pra baixo, fui acusado de uma dívida com o selo musical da igreja (o que através de uma prestação de contas foi comprovado que eu não devia nada), tudo isso , talvez com o intuito de se preservar e manter esse sistema funcionando. A situação se tornou insustentável diante dos escândalos que vieram à tona nos últimos dias”.
iG