A ex-vereadora e ex-presidente da Câmara Municipal de Mossoró, Maria Izabel Araújo Montenegro (MDB), foi condenada em mais um dos processos relacionados à Operação Sal Grosso. A operação, deflagrada em 14 de novembro de 2007 pela 11ª Promotoria de Justiça, resultou em sentenças que somam 30 anos e 1 mês de reclusão, além de 370 dias-multa para a ex-vereadora.
A sentença, proferida pelo juiz Ricardo Antônio Menezes Cabral Fagundes, da 3ª Vara Penal da Comarca de Mossoró, determinou que Maria Izabel Araújo Montenegro cumprirá a pena em regime fechado, mas com direito a recorrer em liberdade.
Além de Maria Izabel, seu marido, José Nicodemus Holanda Montenegro, e um de seus filhos, Paulo Henrique Araújo Holanda Montenegro, também foram condenados. José Nicodemus recebeu uma pena definitiva de 4 anos e 8 meses de reclusão, além de 75 dias-multa, enquanto Paulo Henrique foi sentenciado a uma pena definitiva de 4 anos e 8 meses de reclusão, também com 75 dias-multa.
Na sentença, Maria Izabel Montenegro, conhecida politicamente como “Izabel da Caixa” na época, foi considerada culpada por crimes de corrupção passiva e peculato. De acordo com os autos do processo, a ex-vereadora foi acusada de receber dinheiro de empréstimos contratados na Caixa Econômica Federal (CEF) por três assessores, bem como de receber remunerações de uma funcionária fantasma que estava lotada em seu gabinete. Durante o período em que ocupava cargo no legislativo mossoroense, a Câmara Municipal de Mossoró cobriu os empréstimos dos assessores em vez deles próprios.
Os assessores e a funcionária fantasma, no entanto, foram beneficiados por suas colaborações com as investigações e não receberam penas.
Agora RN