Chefe da Divisão de Comunicação da Polícia Civil, o delegado Paulo Henrique Almeida disse ao que Luiz Estevão chegou ao Departamento de Polícia Especializada às 6h, na companhia de três agentes. O político havia dito à reportagem que foi ao local junto com o advogado e que só se apresentou depois das 7h30. Ele disse “achar muito mais prático” buscar a unidade policial do que esperar que o buscassem em casa.
“Ele ligou para pedir para buscá-lo às 5h. Três policiais foram buscá-lo”, disse. “O delegado [Antônio Dimitrov] foi também, em um carro da polícia.”
Questionado nesta segunda à noite sobre a determinação da Justiça de que seja preso imediatamente, Estevão declarou que ele e a família já esperavam o início do cumprimento da pena em regime fechado. “Um dia ela viria. Podia ser hoje, daqui um mês ou amanhã.”
Perguntado se se arrependia dos desvios de verbas durante a construção do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, ele disse que espera um dia contar sua versão do caso. “A história do TRT é muito mal contada. Espero ter tempo e saúde para um dia esclarecer”. Ele não quis dar detalhes sobre o assunto.
Estevão era senador pelo PMDB quando foi cassado, em 28 de junho de 2000, por 52 votos a 18. Dez senadores se abstiveram no dia. Quando os desvios apontados pelo Ministério Público ocorreram, o político era filiado ao PP.
Fonte: G1