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Ex-presidente do INSS usou pizzaria, imobiliária e escritório de advocacia para lavar dinheiro, diz PF

FOTO: REPRODUÇÃO

A Polícia Federal afirmou, em relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que o ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto utilizou uma pizzaria, uma imobiliária e um escritório de advocacia para lavar dinheiro oriundo de fraudes no órgão. O documento embasou o pedido de prisão preventiva, autorizado nesta terça-feira (12) pelo ministro André Mendonça.

Indicado ao comando do INSS pelo então ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT), Stefanutto era identificado pela organização criminosa com o codinome “O Italiano”. Para os investigadores, ele atuava como facilitador político-institucional na celebração de contratos fraudulentos com a Conafer (Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais), entidade suspeita de falsificar assinaturas para desviar valores de aposentados.

“Ficou claro que, em troca de sua influência, Stefanutto recebia propinas recorrentes utilizando diversas empresas de fachada para ocultar os valores, como Stelo Advogados e Associados, Delícia Italiana Pizzas e Moinhos Imobiliária”, aponta o relatório.

A PF afirma que, após ser nomeado presidente do INSS por Lupi, o valor mensal da propina de Stefanutto saltou para R$ 250 mil, pagos diretamente a partir do esquema operado pela Conafer.

Antes de assumir a presidência do órgão, Stefanutto era procurador do INSS. Segundo a PF, ele compunha o núcleo político-institucional da organização criminosa, responsável por manter o funcionamento do esquema e assegurar sua impunidade a partir da atuação dentro do próprio órgão público.

Paraíba Polêmica

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