Dante Mantovani, ex-presidente da Funarte, contrariou o vídeo no qual associou o rock ao aborto e satanismo, e afirmou amar “rock pesadão”. Em entrevista à Veja, o músico e youtuber explicou que foi vítima de uma “obra da esquerda” para tirá-lo do governo.
No final de 2019, Mantovani assumiu o posto de presidente da Funarte. Na época, o músico ganhou repercussão por causa de uma de teoria sobre o rock apresentada nos vídeos postados no canal do Youtube dele.
O youtuber afirmou que “o rock ativa a droga, que ativa o sexo, que ativa a indústria do aborto”. Além disso, ele disse que os discos dos Beatles foram usados como experimento para disseminar teorias filosóficas e neomarxistas para crianças.
Após citar o Woodstock como grande estratégia para drogar, engravidar e estimular jovens ao aborto, o músico também garantiu a existência de mensagens satânicas nas capas dos discos do Fab Four.
Mantovani foi demitido do cargo após três meses de atuação por Regina Duarte, nomeada secretária da Cultura no dia 4 de março de 2020. E dois meses depois da exoneração do músico, Regina mudou de idéia e renomeou Mantovani como presidente da Funarte, no dia 5 de maio. Porém, a designação foi cancelada no mesmo dia pelo governo.
Segundo o youtuber, as nomeações e demissões não passam de um jogo político. Para ele, “são coisas normais do dia a dia”. Por outro lado, as críticas recebidas pelo vídeo sobre os Beatles e o aborto são “um erro”.
“Olha, isso tudo foi um erro. As pessoas não viram o vídeo completo, pegaram apenas uma parte dele e falaram essas coisas errôneas. Minha carreira musical começou no rock, eu já toquei em uma banda.”
Revista Rolling Stone