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Ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho é preso em Natal; audiência de custódia pode acontecer nesta sexta

AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA PODE ACONTECER AINDA NESTA SEXTA-FEIRA. FOTO: REPRODUÇÃO

O ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), foi preso na noite dessa quinta-feira, 19, em Natal, ao retornar de viagem à Europa. Coutinho desembarcou no Aeroporto Aluízio Alves por volta das 22h40, no voo TAP 5, vindo de Lisboa, Portugal, e foi recebido por policiais federais. Em seguida, o ex-político foi encaminhado para a sede da Polícia Federal (PF) da Paraíba.

Depois de receber voz de prisão, o ex-governador foi conduzido à sede da Polícia Federal em João Pessoa. O filho mais velho de Ricardo, “Rico”, compareceu à sede da Polícia Federal no fim da noite para levar um ventilador e outros objetos para o pai. Ele não falou com a imprensa. O advogado do ex-governador, Eduardo Cavalcanti, afirmou aos jornalistas que ele estava surpreso com a prisão e espera que ela seja revogada. Ainda de acordo com Eduardo, a audiência de custódia do ex-governador pode ser realizada ainda na manhã desta sexta-feira, 20.

O ex-governador é um dos alvos da Operação Calvário – Juízo Final, deflagrada na última terça-feira, 17, pela PF, que possui o objetivo de desarticular uma organização criminosa que desviou R$ 134,2 milhões dos recursos da saúde na Paraíba.

Segundo a Polícia Federal, a quadrilha teria ainda fraudado licitações e concursos públicos, além de ter superfaturado equipamentos, serviços e medicamentos.

Ao todo, a ação cumpre 54 mandados de busca e apreensão e 17 ordens de prisão preventiva nos Estados da Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Goiânia e Paraná. Cerca de 350 Policiais Federais participam das ações, além de procuradores e auditores da Controladoria-Geral da União.

Em mensagem postada em rede social, o ex-governador disse estranhar a acusação que lhe foi imputada de chefiar uma organização criminosa formada para desviar verbas de diversos setores públicos. Na mensagem, Ricardo Coutinho queixou-se que sua prisão preventiva foi decretada no bojo de uma acusação genérica de que ele supostamente faria parte de uma organização criminosa. Disse que estava em viagem de férias, previamente programada, mas iria antecipar o seu retorno para se colocar à inteira disposição da Justiça brasileira, “para que possa lutar e provar minha inocência”.

Com informações: último segundo

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