A ex-mulher de Francisco Wanderley Luiz, o homem que morreu após detonar explosivos em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (13), teria dito informalmente a agentes da Polícia Federal (PF) que ele “queria matar o ministro Alexandre de Moraes e quem mais estivesse junto na hora do atentado”. Ela e outros parentes de Francisco foram localizados pela PF.
Identificada como Daiane, a ex-companheira do autor das explosões foi conduzida à delegacia para formalizar a versão dada aos agentes da corporação em Santa Catarina. No relato feito aos policiais, ela disse que Francisco chegou a fazer e compartilhar pesquisas no Google com o planejamento do ato que executou nesta quarta.
Além disso, a ex-mulher de Francisco disse ainda que, assim que recebeu os registros das pesquisas feitas por ele, perguntou: “Você vai mesmo fazer essa loucura?”.
SOBRE O OCORRIDO
A sequência de explosões aconteceu no início da noite desta quarta (13), na Praça dos Três Poderes. O corpo, que foi identificado como sendo de Francisco Wanderley Luiz, foi encontrado no local após os estrondos. A Polícia Federal foi acionada e enviou agentes para a praça.
Um carro com artefatos explosivos foi encontrado no local. O veículo explodiu e ficou parcialmente destruído. Ele pertencia a Francisco. Uma hora antes da explosão, ele fez uma publicação nas redes sociais com críticas ao Supremo, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e aos presidentes das duas Casas do Congresso Nacional.
O barulho das explosões pôde ser ouvido tanto do prédio do STF como do Palácio do Planalto. Na sede do Supremo, os servidores foram levados por seguranças para uma sala segura. Nas redes sociais circularam imagens de um carro explodindo no estacionamento da Câmara dos Deputados. Essa segunda explosão ocorreu em região que também fica próxima à Praça dos Três Poderes.
Em nota, a Polícia Civil do Distrito Federal informou que agentes da 5ª Delegacia de Polícia (PC-DF) foram até o local e confirmou pelo menos uma das explosões em frente ao Supremo.
A Câmara dos Deputados decidiu interromper a sessão após o incidente na Praça dos Três Poderes. Os parlamentares discutiam a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que amplia a imunidade tributária para igrejas. O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que presidia a sessão, pediu aos colegas que ficassem no Plenário até terem a informação de que era seguro sair.
*Com informações AE