Em novembro de 2019, o McDonald’s demitiu o seu então CEO, Steve Easterbrook, após ter descoberto um relacionamento íntimo com uma funcionária da empresa. O executivo assumiu o relacionamento, mas afirmou que nunca teve “uma relação sexual física com nenhuma funcionária”. Porém, após uma vistoria em seu próprio servidor, a rede de fast food encontrou “evidências fotográficas” de Easterbrook tendo relações sexuais com três funcionárias.
Na época da demissão, um advogado externo investigou o smartphone fornecido pela empresa ao executivo. Após não encontrar nada que comprovasse o ato, foi negociada uma demissão sem justa causa que, segundo o McDonald’s, valeu a pena, já que as ações se recuperaram totalmente em meados de dezembro. Porém, em julho deste ano, tudo mudou.
A empresa afirma ter recebido um informação anônima que confirmava que Easterbrook tinha sim tido relações sexuais com funcionárias. Foi nesse ponto que a rede de fast food decidiu verificar seus próprios servidores de e-mail, onde foram encontrados os registros.
“Essa evidência consistia em dezenas de fotos e vídeos nus, parcialmente nus ou sexualmente explícitos de várias mulheres, incluindo fotos dessas funcionárias da empresa, que Easterbrook havia enviado como anexos de mensagens de sua conta de e-mail corporativa para sua conta de e-mail pessoal”, destacou o McDonald’s.
Por conta dessa reviravolta, a empresa entrou com um processo contra o ex-CEO, afirmando que, se ele não tivesse excluído as imagens ou mentido para o conselho, a demissão teria sido por justa causa, o que evitaria o pagamento de uma indenização milionária.
No acordo de rescisão assinado em novembro de 2019, Easterbrook concordou em reembolsar o dinheiro da rescisão e renunciar a futuros pagamentos se, a qualquer momento, fosse provado que ele “cometeu qualquer ato ou omissão que constituiria justa causa enquanto era empregado do McDonald’s”.
Com as novas evidências, a empresa pretende recuperar os US$ 40 milhões pagos ao ex-CEO.
Olhar Digital