David Nicholas Dempsey foi condenado a 20 anos de prisão por ter atacado repentinamente policiais com mastros de bandeiras e outras armas improvisadas durante a invasão do Capitólio dos Estados Unidos no dia 6 de janeiro de 2021.
O parlamento norte-americano foi invadido por apoiadores do ex-presidente Donald Trump que discordavam do resultado das eleições que colocaram Joe Biden na presidência.
Cinco pessoas morreram no ataque
A setença recebida foi a segunda maior dentre as centenas de processos abertos pela invasão do Capitólio, ficando atrás apenas do ex-líder dos Proud Boys, Enrique Tarrio, que foi condenado a 22 anos por orquestrar um complô para impedir a transferência pacífica de poder de Trump para Joe Biden após a eleição presidencial de 2020.
Os promotores alegaram que David era um dos mais agressivos dos apoiadores de Trump que estavam causando desordem no parlamento, enquanto os legisladores se reuniam para certificar a vitória de Joe Biden na eleição presidencial de 2020.
Segundo os promotores, Dempsey pisou na cabeça de policiais, bateu com varas em policiais que defendiam um túnel, atingiu um policial na cabeça com uma muleta de metal e atacou agentes com spray de pimenta e pedaços quebrados de mobília.
Ele também teria subido em outros manifestantes, usando-os como “andaimes humanos” para alcançar policiais que guardavam a entrada de um túnel. David feriu pelo menos dois policiais.
“Sua conduta em 6 de janeiro foi excepcionalmente flagrante. Você não se deixou levar pelo momento”, disse o juiz distrital dos EUA Royce Lamberth.
“David Dempsey é a personificação da violência política”, disse o procurador-assistente dos EUA Douglas Brasher ao juiz.
David Nicholas Dempsey se declarou culpado em janeiro de duas acusações de agressão a policiais com uma arma perigos, chamou a própria conduta de “repreensível” e pediu desculpas aos policiais que agrediu.
“Você estava cumprindo seus deveres e eu respondi com hostilidade e violência”, afirmou Dempsey ao receber a setença.
Amy Collins, advogada de defesa de David, pleiteava uma condenção de 6 anos e seis meses e chamou de “ridícula” a decisão da Justiça.
“Isso o torna uma estatística. Não considera a pessoa que ele é, o quanto ele cresceu”, alegou a advogada.
Metrópoles