O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden (Partido Democrata), afirmou, na noite dessa terça-feira (1º/3), que enviará forças aéreas, náuticas e terrestres para países vizinhos à Ucrânia.
“Nossas forças não estão envolvidas e não entrarão em conflito com as forças russas na Ucrânia”, ponderou, contudo.
Em pronunciamento transmitido ao vivo de Washington, Biden condenou os bombardeios que desestabilizaram o Leste Europeu e colocaram o mundo em alerta. O norte-americano também anunciou o fechamento do espaço aéreo dos Estados Unidos para aviões russos.
Apesar de não terem tomado efetivamente o poder de nenhuma província ucraniana, as tropas russas já cercam ao ao menos nove cidades do país.
Durante o discurso do Estado da União nesta noite, Biden chamou Vladimir Putin de “ditador russo” e afirmou que os ataques à Ucrânia foram premeditados e gratuitos.
“Seis dias atrás, Vladimir Putin, da Rússia, tentou abalar os fundamentos do mundo livre, mas fez um cálculo ruim. Ele acreditava que o mundo se dobraria, mas encontrou um muro de força que jamais imaginaria encontrar”, afirmou o presidente norte-americano.
“Quando a história desse momento for escrita, Putin terá tornado a Rússia mais fraca e o resto do mundo mais forte”, declarou.
Na prática, Biden tentou demonstrar firmeza nas ações americanas contra a guerra. Foi uma forma de reacender a confiança da população no governo.
O Estado da União é um dos principais eventos políticos americanos. Na ocasião, o presidente americano detalha os avanços do governo e esclarece as prioridades de sua gestão.
Biden adiou o discurso, que deveria ter ocorrido em meados de fevereiro. Questões internas, como a alta da inflação e a baixa popularidade — cerca de 40% dos americanos aprovam o governo—, motivaram o remanejamento para março.
O discurso do Estado da União de hoje foi o mais tardio já feito por um presidente norte-americano, uma vez que é habitualmente marcado para janeiro ou, em alguns casos, para fevereiro.
Metrópoles