O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse hoje que só sai do governo “abatido à bala, removido à força”. “Tenho missão a cumprir”, afirmou durante live promovida pela XP Investimentos. Ele havia sido questionado se ficaria no cargo até o fim da gestão Jair Bolsonaro.
O ministro ressaltou que tem uma agenda a ser cumprida e que, enquanto essa agenda permanecer como foco do governo, estará na equipe. “Se o presidente desistir da agenda, ou se o Congresso interditar o debate, aí não tenho o que fazer, tenho que ir embora para casa”, afirmou.
Uma dessas agendas, segundo Guedes, é a reforma tributária e a reversão de benefícios setoriais. O ministro disse querer fazer uma desoneração ampla de tributos sobre a folha. Para compensar o impacto sobre os cofres públicos, ele é defensor de um imposto sobre transações eletrônicas. “Queremos que mais gente pague, mas pague menos”, afirmou.
Guedes ressaltou que a agenda de centro-direita é “liberal-democrata” e “não quer aumentar impostos”, mas sim controlar gastos. E alfinetou economistas mais identificados com outras correntes ideológicas. “Se houvesse coronavírus em governo social democrata, ele iria triplicar impostos. Não vamos fazer isso”, disse.
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