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‘Estou com crises de ansiedade’, diz vendedora estuprada em ‘sala da sarrada’

FOTO: DIVULGAÇÃO

A vendedora Anna Paula Oliveira, de 31 anos, foi demitida por justa causa após denunciar os assédios do chefe e de outro funcionário em uma loja de telefonia móvel. Além disso, ela foi estuprada na copa da empresa, que era apelidada de ‘sala da sarrada’.

“Ele dizia: ‘Deixa eu ver um nude seu que te pago R$ 50’. Eu desconversava e me afastava porque tenho duas filhas e precisava do emprego”, revelou Anna Paula, em entrevista ao portal Universa, sobre o comportamento do chefe dela.

De acordo com ela, as investidas do gestor sobre as colegas de trabalho eram constantes na loja, que fica em um shopping center do Rio de Janeiro. Por causa da violência que diz ter sofrido na copa da loja, Anna Paula tem recebido apoio psicológico. As agressões, conta, atingiram toda a família.

“Minhas filhas estão com a minha mãe. As duas também estão sendo acompanhadas por psicólogos. Estou me tratando com três médicos, tomando 11 medicamentos diferentes para controlar minhas crises de ansiedade. Nunca imaginei que passaria por uma situação absurda dessa”, disse Ana Paula.

Anna Paula Oliveira integrou a equipe por dois anos e oito meses. Nesse período, alega ela, passou por várias situações constrangedoras. Após denúncia, recebeu inúmeros contatos nas redes sociais de mulheres que já haviam sido assediadas pelo mesmo gerente.

“A empresa é muito machista. Depois do meu desabafo nas redes sociais, eu recebi vários directs de pessoas que passaram por isso. Eu tinha muito medo de denunciar por causa da posição hierárquica. Ele era gerente geral e bem conceituado. As coisas se repetiam. Ele tinha certeza de impunidade. Para ter uma ideia, ele pedia indicação de vendedoras e quando via as fotos, dava zoom nas pernas das moças. Contratava pela beleza.”

“Sempre foi cheio das brincadeiras sem graça, sem noção. Até que um dia antes de eu sair de férias, ele e outro funcionário me prenderam na copa e começaram a me agarrar. Eu só escapei porque gritei por ajuda”, relembrou na entrevista.

Correio 24h

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