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Estados Unidos: ONU responde a Trump que acordo de Paris é crucial para salvar o planeta

Donald Trump fala a eleitores durante comício em Charleston, West Virginia (Foto: Mark Lyons/Getty Images/AFP)

Donald Trump fala a eleitores durante comício em Charleston, West Virginia (Foto: Mark Lyons/Getty Images/AFP)

A ONU respondeu nesta sexta-feira (27) ao candidato republicano Donald Trump, que disse que vai descartar o Acordo de Paris se for eleito presidente dos Estados Unidos, informando que o acordo sobre a mudança climática é crucial para salvar o planeta.

“O Acordo de Paris é um dos principais êxitos alcançados por líderes mundiais no combate crucial para garantir que o planeta seja habitável para todos nós e para as gerações futuras”, disse o porta-voz da ONU, Farhan Haq.

Em discurso nesta quinta-feira, Trump disse que “cancelaria” o compromisso firmado em dezembro do ano passado, em Paris, por 175 países, após difíceis negociações. O Acordo de Paris estabelece o objetivo de limitar a mudança climática “bem abaixo” dos dois graus centígrados em relação aos níveis pré-industriais, utilizando energias limpas.

O aspirante a presidente já havia dito anteriormente que não era “um grande fã” do Acordo de Paris e que buscaria renegociá-lo, mas na quinta-feira declarou que simplesmente o descartaria. “Vamos cancelar o Acordo de Paris e todos os pagamentos que saem de nossos impostos para os programas da ONU sobre o aquecimento global”, disse.

Maior êxito

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, considera o Acordo de Paris seu maior êxito durante seus 10 anos de mandato, que termina em dezembro. Ban não tem nenhuma intenção de contatar Trump com o intuito de convencê-lo sobre os benefícios do Acordo, segundo seu porta-voz.

O secretário-geral da ONU “falou com firmeza sobre a necessidade de tomar providências diante das mudanças climáticas e contra a ideia de negar essas mudanças”, disse Haq. “A ciência é clara. Está solidamente estabelecida e (o acordo) necessita ser respeitado por todo o mundo”, acrescentou.

China e Estados Unidos, os países mais poluentes do mundo, disseram que ratificariam o acordo este ano. A administração do presidente americano, Barack Obama, planeja aprová-lo em um acordo executivo, onde evitaria o Senado e estabeleceria um processo complexo e difícil para qualquer futuro presidente que quisesse se retirar dele.

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