Em uma busca rápida no Google Trends, não é incomum encontrar “ninfeta” como um dos termos relacionadas a “sexo“. Para quem não sabe, no dicionário, ninfeta significa “menina adolescente que desperta desejo sexual”. Em outras palavras, é o olhar sexualizado para meninas menores de idade e com características infantis.
Outro termo muito usado para se referir ao “fetiche” é lolita — popularizado pelo romance de mesmo nome, lançado em 1955 por Vladimir Nabokov. A narrativa conta a história da controversa paixão entre um professor universitário de meia idade e Lolita, uma criança de 12 anos.
Enquanto, para alimentar esse desejo específico, a indústria pornográfica coloca mulheres adultas de estaturas menores com penteados maria-chiquinha, roupas e colegial e abraçadas em ursinhos de pelúcia, fica implícito o fomento do que é chamado de cultura da pedofilia.
Parte disso é o padrão estético genital “ideal” cobrado das mulheres, com vulvas lisas, claras, menores e apertadas. Não por coincidência, características que apenas órgãos infantis têm naturalmente.
A psicóloga Alessandra Araújo explica que, apesar da pedofilia ser um crime no Brasil, sabe-se que milhares de crianças são abusadas todos os dias.
“O poder sobre aquela pessoa indefesa causa desejos libidinais nos abusadores. São traços de inocência, desproteção e submissão, que são fetiches e trazem a possibilidade de dominação ao homem que é movido a controlar”, explica.
Metrópoles