Depois da posse de João Doria (PSDB) no governo do estado de São Paulo, a violência promovida pela Polícia Militar aumentou significativamente. Segundo as estatísticas trimestrais da Secretaria de Segurança Pública, PMs em serviço mataram 414 pessoas no primeiro semestre de 2019 (janeiro a junho).
Foram 358 pessoas mortas por PMs em serviço e 56 mortos por PMs de folga. No primeiro semestre de 2018, os PMs mataram 397 pessoas, 321 mortos por PMs em serviço e 76 mortos por PMs de folga.
O número de mortos por PMs no primeiro semestre de 2019 é quase o dobro do número de feridos nas ações dos policiais militares, 414 e 222, respectivamente.
“O que demonstra que os PMs estão atuando para matar e não para conter e prender os considerados suspeitos”, analisa o advogado Ariel de Castro Alves, conselheiro do Conselho Estadual de Direitos Humanos de São Paulo e Membro do Grupo Tortura Nunca Mais de São Paulo.
Execuções
Além desses números contundentes, muitos dos “suspeitos” são inocentes, executados sumariamente por policiais, como nos casos dos jovens Rafael Aparecido Almeida de Souza, de 23 anos e Rian Rogério dos Santos, 18 anos, ambos assassinados por policiais militares no primeiro semestre deste ano, conforme depoimentos de testemunhas e familiares.
“Os discursos e ações do governador João Doria e do presidente Jair Bolsonaro, além de outros parlamentares e políticos das chamadas bancadas da bala, estimulam a violência policial. São verdadeiras licenças para matar recebidas pelas tropas!”, acrescenta o advogado.
Revista Fórum