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Em Portugal, turismo precisa de 3 mil empregados e faz apelo aos brasileiros: “Venham trabalhar”

ALGARVE FAZ CAMPANHA PARA ATRAIR TRABALHADORES PARA O PRÓXIMO VERÃO EUROPEU; CONFIRA. FOTO: REPRODUÇÃO

O Algarve, em Portugal, faz campanha para atrair trabalhadores para o próximo verão europeu. É uma das regiões de Portugal mais atingidas pela falta de mão de obra no turismo.

Presidente da Associação de Turismo do Algarve, João Fernandes, disse ao Portugal Giro que precisa de aproximadamente três mil trabalhadores para hotelaria, gastronomia e serviços relacionados com o turismo.

Para cobrir parte da lacuna, Fernandes faz um apelo aos brasileiros. Ele diz precisar tanto de trabalhadores quanto de turistas do Brasil para ajudar na retomada do setor.

— Meu apelo aos brasileiros é: venham trabalhar, conhecer e estudar no Algarve, que é um bocado do Brasil em Portugal. Aqueles que trabalhavam aqui e foram embora na pandemia, chegou a hora de voltar — disse Fernandes, que também espera preencher as vagas com imigrantes de outras nacionalidades.

Fernandes informou que a ocupação hoteleira na Páscoa foi de 90%. A previsão para o verão, segundo ele, é superar ou chegar perto dos números de 2019, o último ano antes da pandemia de Covid-19.

— Precisamos garantir mão de obra para hotéis, restaurantes, agências de turismo e locadoras de automóveis. São três mil pessoas de imediato, porque estamos falando de uma perspectiva a nível de 2019, quando batemos recorde de 21 milhões de pernoites em hotéis e nove milhões de passageiros no aeroporto de Faro — garantiu Fernandes.

Em 2021, brasileiros chegaram a acumular três trabalhos devido à falta de mão de obra na região.

Apesar dos esforços recentes para atrair população e trabalhadores durante todo o ano, os baixos salários seguem como obstáculo. Vítima da mão de obra sazonal, a economia ancorada no turismo praticamente inexiste fora da alta temporada.

— As empresas começaram a subir os salários porque há falta de recursos humanos, o que já aconteceu antes. E também porque começam a ganhar alguma perspectiva sobre a saúde financeira após dois anos difíceis. A Páscoa já foi boa — afirmou Fernandes.

O Globo

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