O acelerado rebaixamento do nível da água da Lagoa do Bonfim, no município de Nísia Floresta, para 49% da sua capacidade preocupa. O fato, segundo perícia apresentada ao Ministério Público do Estado (MPE), vem sendo provocado pela retirada clandestina ao longo do sistema adutor Monsenhor Expedito, que abastece 30 municípios da região Trairi e Potengi.
NOTA
Nos últimos dias, o Ministério Público do Estado divulgou o resultado de uma perícia que alerta a comunidade e as autoridades acerca dos furtos de água na Lagoa do Bonfim, e que está resultando no rebaixamento da lâmina d’água a preocupantes 49% de sua capacidade.
A Lagoa do Bonfim, é o principal corpo hídrico do sistema lacustre que envolve 06 lagoas: Bonfim, Redonda, Boa Água, Carcará, Urubu e Ferreira Grande.
Este sistema lacustre, apesar de estas situado no Município de Nísia Floresta, é responsável por abastecer mais de 300 comunidades em 30 municípios da região agreste do Estado, através da Adutora Monsenhor Expedito.
Os dados apresentados pelo Ministério Público do Estado preocupa-nos enormemente, sobretudo porque ele traz um quadro atualizado dos graves atentados ao meio ambiente observados no Sistema Lacustre, e que envolvem o sucateamento dos órgãos de fiscalização do Estado e dos Municípios por parte dos governantes, o que dificulta o combate ao furto de água, o desmatamento irregular, a ocorrência de construções irregulares e lançamento clandestino de esgotos de forma direta ou indireta neste corpo hídrico.
O Partido Verde alerta ainda ao município de Nisia Floresta, que neste momento está revisando seu Plano Diretor, para que adote medidas mais rígidas relativas à ocupação desordenada no entorno da Lagoa, não abra mão do processo participativo, realize as audiências públicas para debater amplamente este tema, bem como reserve áreas de acesso ao público para a Lagoa, e cobre do IGARN posição quanto a cobrança da Outorga do Uso da Água aos usuários particulares das águas do Sistema Lacustre.
Prof Rivaldo Fernandes
Presidente do PV