Em ano de pandemia, o governo federal gastou R$ 68,6 milhões em 71.690 voos a serviço durante os sete primeiros meses. O valor inclui passagens para servidores, militares, empregados públicos e colaboradores eventuais, seja em território nacional ou exterior.
Do montante, mais de R$ 8,2 milhões foram desembolsados em viagens não realizadas. Em relação ao mesmo período do ano anterior, os valores aumentaram. Em 2019, 4.896 voos não foram utilizados, gerando um gasto de R$ 4,6 milhões, metade do atual.
O (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles, mapeou as compras dos servidores com base em prestações publicadas no Painel de Viagens de acordo com os números mais recentes dos órgãos que utilizam o Sistema de Concessão de Diárias e Passagens (SCDP).
Ao todo, foram 10.084 bilhetes não utilizados. Em sua maioria, as faltas ocorreram nos meses de março e abril, que marcaram o início da pandemia do novo coronavírus. Só no terceiro mês do ano, 7.603 voos deixaram de acontecer, onerando R$ 6,2 milhões aos cofres públicos.
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